image of job applicants in a discussion at a medical clinic

A burocracia da saúde que adoece quem cuida

Quando o cuidado vira tarefa administrativa e a escuta cede lugar a protocolos, quem cuida também adoece.

Principais temas explorados:

A burocratização que rouba a cena do healthcare
Da escuta direta ao preenchimento excessivo de formulários, um fenômeno que esvazia a essência do cuidado

Prontuários eletrônicos complexos
A promessa de eficiência transformada em labirintos digitais que consomem até 70% do tempo da consulta

Indicadores de produtividade e eficiência questionáveis
Métricas que valorizam velocidade e volume em detrimento da escuta, da prevenção e do desfecho

Burnout e sofrimento moral entre profissionais de saúde
Como a sobrecarga administrativa gera exaustão, frustração ética e perda de propósito

A promessa não cumprida da digitalização
Tecnologias que, ao invés de libertar, ampliam a distância entre profissional e paciente

Iniciativas de redesign do cuidado
Experiências como “slow medicine” e plataformas centradas no vínculo e no tempo clínico

Trechos sobre o tema:

“O sistema de saúde adoece também os profissionais que o operam, ao substituírem o tempo do cuidado pelo tempo da documentação, dos indicadores, dos fluxos e dos relatórios. A sobrecarga administrativa desumaniza a prática clínica, esvazia a vocação, e gera um grave adoecimento institucional silencioso.”
“A relação médico-paciente passou a ser mediada por estruturas administrativas, tabelas de procedimentos, diretrizes clínicas, planos de saúde e, mais recentemente, plataformas digitais. A consulta, antes orientada pela narrativa, passou a ser ancorada em formulários e sistemas.”
“A burocracia em saúde é um vetor ativo de adoecimento — desenhada para proteger estruturas, não pessoas. O que começou como controle de qualidade virou um sistema de vigilância, produtividade e padronização que transforma cuidadores em operadores administrativos.”
“Muitos profissionais relatam que perderam o prazer de atender. Se sentem mais digitadores do que cuidadores. E essa frustração cotidiana, repetida em silêncio, adoece tanto quanto qualquer jornada extenuante. É o que se chama hoje de sofrimento moral.”

FIQUE POR DENTRO DO QUE JÁ ESTÁ MUDANDO

Embarque na jornada que desafia o senso comum e descubra uma nova perspectiva sobre a prática clínica.

  • Por que a ausência de sintomas é um critério insuficiente (e perigoso) de saúde
  • Como a medicina reduziu a vitalidade humana a indicadores laboratoriais (e por que isso é ineficaz)
  • O impacto do modelo fragmentado nas doenças crônicas e no burnout profissional
  • A medicalização silenciosa da vida emocional e a anestesia da escuta clínica
  • Como tecnologias, algoritmos e biomarcadores podem ser aliados reais — se usados com contexto, inteligência e propósito
  • E qual seria o novo pacto possível entre quem cuida, quem é cuidado e quem desenha os sistemas.
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